contato@rpzestrategia.com.br
+55 62 98271-1083

Os Arquétipos no Storytelling

Publicado por: RPZ
Categoria: Comunicação

Os arquétipos estão presentes nas nossas vidas diariamente mesmo que a gente não perceba, seja no comportamento das pessoas ao nosso redor, nos filmes que assistimos ou nas campanhas que produzimos. 

O termo surgiu com Joseph Campbell, nos anos 40, com o seu livro “Jornada do Herói”, no qual ele especificava os arquétipos mais usados nas mitologias gregas. Anos depois, Christopher Vogler, usou todo o embasamento do livro de Campbell para construir sua obra “A Jornada do Escritor”, momento em que ele cita e aprofunda no tema.

Quais as vantagens de usar os arquétipos?

Cada personagem/personalidade se enquadra em um tipo de arquétipo, o que gera duas vantagens bastante interessante para quem se adentra no mundo do Storytelling.

Identificação

As pessoas ao se depararem com um arquétipo podem se identificar com ele no mesmo instante, e quando isso acontece há uma identificação imediata com a marca ali inserida.

Engajamento

Quando há a identificação, de forma natural também acontece o engajamento. Marcas que narram situações reais tendem a aumentar o envolvimento de seu público.

O que é um arquétipo?

De acordo com Carl Jung, os arquétipos são “conjuntos de ‘imagens primordiais’ originadas de uma repetição progressiva de uma mesma experiência durante muitas gerações, armazenadas no inconsciente coletivo.”

Ou seja, de forma básica, é um conceito de personalidades que pode ser seguido para criar personagens dentro de um contexto narrativo. Sendo assim, os arquétipos funcionam como guia moral que comandam as escolhas dos personagens, além de demonstrar suas características, motivações, valores, virtudes e medos.

Quais são os arquétipos?

De acordo com Vogler, os arquétipos mais utilizados são estes:

Herói

O herói é, geralmente, o personagem principal, aquele que guia toda a história ao sair do mundo comum, atravessar o limiar e se sacrificar pelo bem geral de alguma forma. Este é o personagem que mais gera identificação com o público devido a sua coragem e bondade, um exemplo é o Harry Potter.

Mentor

O mentor é aquele que guia o herói durante sua jornada, dando conselhos pertinentes para o momento em que está enfrentando. Geralmente ele é mais velho e muito sábio, tem muito a ensinar. No entanto, ele não enfrenta os problemas junto com o herói, um exemplo é o Mestre dos Magos do desenho ‘A caverna do dragão’.

Guardião do Limiar

O Guardião do Limiar é um dos desafios que aparecem durante a jornada do herói no qual ele precisa enfrentar para alcançar o que deseja. Pode ser um outro personagem ou um lugar que será decisivo para que o personagem se torne herói ou não. Um exemplo é o Morpheus de ‘Matrix’.

Arauto

O arauto é, geralmente, o personagem que tem como objetivo impulsionar o herói para a aventura ao trazer uma notícia ou acontecimento relevante, um exemplo é Hermes, que, na mitologia grega, levava os recados para Zeus. 

Camaleão

O camaleão é o arquétipo da dúvida, já que aos olhos do herói está sempre mudando de forma, o que gera o questionamento sobre ele ser aliado ou vilão da narrativa. Às vezes, pode ser apresentado como sexo oposto do herói, podendo se transformar em seu par romântico. 

Sombra

O sombra é o arquétipo do vilão ou inimigo do herói que tem como objetivo destruir o seu adversário e instigá-lo a agir durante a jornada. Pode acontecer do sombra ser o reflexo negativo do herói. Um exemplo é o Lord Voldemort, da saga Harry Potter. 

Pícaro

O pícaro é o arquétipo do alívio cômico, ou seja, aparece para dar uma relaxada quando a história está muito tensa. No entanto, o pícaro costuma fazer suas piadas com um tom de crítica, falando o que ninguém costuma falar de forma descontraída. 

Bom, os arquétipos são muito usados pela publicidade para gerar uma aproximação com o público-alvo. Atualmente, as pessoas não gostam de propagandas simples e puras, por isso o mercado tem evoluído cada vez mais quando se trata de entregar conteúdo e entretenimento para os telespectadores. Unir marca com um personagem, que possui seu próprio arquétipo, é uma saída muito boa para as empresas que não querem ser invasivas.

E você? Gosta de contar histórias para os seus clientes? Usando os arquétipos, sua narração pode ficar muito mais completa e aproximar mais pessoas.

Autor: RPZ

Deixe um comentário